12.7.15

dvd - DEUSES E MONSTROS


Deveria ter sido um dos meus primeiros dvds. Naquela época, muitos dvds estavam sendo lançados nas bancas de jornal, você comprava uma revista qualquer e levava o dvd ''de brinde''. Uma revista, do tipo 4 páginas (muitas eram assim) trazia o dvd de DEUSES E MONSTROS. Quando cheguei em casa descobri que a única opção de áudio disponível no disco era ''dublado em português''. Isso não estava escrito em nenhum lugar. Se eu soubesse disso nem teria comprado o filme. Fiz uma reclamação por telefone e recebi meu dinheiro de volta, o dvd foi parar nas mãos de um amigo. Quinze anos depois, o filme finalmente entra para a minha coleção. 


- Agora você realmente está atuando, sr Fraser.


O filme se passa em 1957 e conta a história do famoso diretor James Whale (Frankenstein, 1931). Ele já está com 67 anos e sua vida é revisitada através de flashbacks. Podemos até ver os bastidores de ''A noiva de Frankenstein'' em suas memórias, um filme repleto de homo-referências. Whale sempre foi abertamente homossexual e isso lhe causou muitos problemas ao longo dos anos. Brendan Fraser (tão promissor em 1998) é o novo jardineiro do diretor aposentado. Os dois se tornam amigos. O velho resiste à tentação de se jogar em cima do rapaz e Brendan aprende um pouco sobre os bastidores de Hollywood, coisas do tipo ''tem homocaras em todo canto''. Quando o bonitão Todd Badcock entra em cena (esse cara deveria ter feito mais filmes, ô pedaço de mau caminho) o romance toma conta da história. Ian McKellen (indicado ao Oscar) está muito engraçado, assim como Lynn Redgrave (que também foi indicada), mas o filme é um drama, e como drama ele também faz bonito. Tem um final tocante num cenário da primeira guerra mundial.
Um dos melhores homofilmes, made in Hollywood, que você vai encontrar por aí.











FICHA TÉCNICA

TÍTULO ORIGINAL: gods and monsters
ANO: 1998
PAÍSES: eua, reino unido
DURAÇÃO: 105 min
DIRETOR: Bill Condon (Kinsey, Dreamgirls)
ELENCO: Ian McKellen, Brendan Fraser e Lynn Redgrave
PRÊMIOS: Oscar de melhor roteiro adaptado

Um comentário:

Anônimo disse...

Amo esse filme, é fantástico, não da pra acreditar que o Ian McKellen perdeu o Oscar pro Roberto Benigni, que erro grave esse da academia, além dessa interpretação ele também estava ótimo em O Aprendiz do Bryan Singer lançado no mesmo ano.
A Lynn Redgrave também merecia ter ganho, a Judi Dench é ótima atriz sim, mas só ganhou porque o lóbi de Shakespeare Apaixonado tava altíssimo naquele ano...Hoje a Lynn já é falecida, infelizmente sem um Oscar!!
Pelo menos o filme fez bonito, levando o de Roteiro Adaptado.
Muito bom !!!

Adriano-Pirassununga